quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Tudo sobre vacinação

Novo calendário nacional de vacinação do Ministério da Saúde para 2019

Tempo de leitura: 3 minutos.

O Ministério da Saúde divulgou novas informações em seu site oficial sobre o calendário anual de vacinação do ano vigente. A novidade é que, a partir da primeira quinzena de julho, a pasta vai solicitar às pessoas que viajarão ou retornarão da República Democrática do Congo e Angola que apresentam o Cerificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). A medida visa prevenir uma eventual epidemia de febre amarela.

Calendário nacional de vacinação de 2019

IdadeVacinasAo nascer– BCG (dose única)

– Hepatite B

2 meses– Pentavalente 1ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 1ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 1ª dose

– Rotavírus 1ª dose

3 meses– Meningocócica C conjugada 1ª dose4 meses– Pentavalente 2ª dose (Tetravalente + Hepatite B 2ª dose)

– Poliomielite 2ª dose (VIP)

– Pneumocócica conjugada 2ª dose

– Rotavírus 2ª dose

5 meses– Meningocócica C conjugada 2ª dose6 meses– Pentavalente 3ª dose (Tetravalente + Hepatite B 3ª dose)

– Poliomielite 3ª dose (VIP)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais)

9 meses– Febre Amarela (dose única)****

– Influenza (1 ou 2 doses anuais)

12 meses– Pneumocócica conjugada reforço

– Meningocócica C conjugada reforço

– Tríplice Viral 1ª dose

– Influenza (1 ou 2 doses anuais)

15 meses– DTP 1º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 1º reforço (VOP)

– Hepatite A (1 dose de 15 meses até 5 anos)

– Tetra viral (Tríplice Viral 2ª dose + Varicela)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais)

4 anos– DTP 2º reforço (incluída na pentavalente)

– Poliomielite 2º reforço (VOP)

– Varicela (1 dose)

– Influenza (1 ou 2 doses anuais)

9-14 anos– HPV 2 doses*

– Meningocócica C (reforço ou dose única)**

Adolescentes, Adultos e Idosos– Hepatite B (3 doses a depender da situação vacinal)

– Febre Amarela (dose única p/ não vacinados ou sem comprovante de vacinação) ****

– Tríplice Viral (2 doses até os 29 anos ou 1 dose em > 30 anos. Idade máxima: 49 anos)

– DT (Reforço a cada 10 anos)

– dTpa (para gestantes a partir da 20ª semana, que perderam a oportunidade de serem vacinadas)***

Leia também: OMS e PNI alertam contra repetição da vacina BCG em crianças

*HPV: Esquema básico com duas doses com 6 meses de intervalo em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina HPV também está disponível para indivíduos imunodeprimidos (indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea ou pacientes oncológicos) e vivendo com HIV/Aids, que deverão receber o esquema de três doses (0, 2 e 6 meses) para ambos os sexos, nas faixas etárias entre 9 e 26 anos de idade. Veja mais informações nesse link.

A vacina pneumocócica 23valente (polissacarídica) está indicada para pessoas a partir dos 60 anos em condições clínicas especiais e população indígena a partir dos 5 anos de idade.

Dengue: A vacina para prevenção da dengue é recomendada somente para indivíduos de 9 aos 45 anos de idade residentes em áreas endêmicas que já foram previamente expostos ao vírus da dengue de qualquer sorotipo. Contraindicado para indivíduos soronegativos, gestantes, alérgicos aos princípios ativos da vacina. Confira mais detalhes nesse link.

Hepatite B: Oferta da vacina para toda a população independente da idade e/ou condições de vulnerabilidade, justificada pelo aumento da frequência de atividade sexual em idosos e do aumento de DST nesta população.

Poliomielite: A 3ª dose é a vacina inativada da polio (VIP), a exemplo do que já ocorre com as 1ª e 2ª doses da vacina. As doses de reforço aos 15 meses e 4 anos e as campanhas de vacinação continuam aplicando a vacina VOP (bivalente).

Pneumocócica: Esquema básico com duas doses (aos 2 e 4 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos.

Hepatite A: Aplicada aos 15 meses, podendo ser aplicada até os 5 anos.

Vacinas tríplice viral e varicela: O ministério disponibiliza duas doses de vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade e uma dose da vacina varicela (atenuada) para crianças até quatro anos de idade.

**Meningocócica: Esquema básico com duas doses (aos 3 e 5 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos. O Ministério passa a disponibilizar a vacina conjugada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes com 9 anos até 13 anos.

***dTpa: uma dose a partir da 20ª semana de gestação, para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação. Administrar uma dose no puerpério, o mais precocemente possível.

**** Febre Amarela: indicada às pessoas residente ou viajantes para as áreas com recomendação de vacinação. Atentar às precauções e contraindicações para vacinação. Esta vacina está indicada para todos os povos indígenas, independentemente da Área com Recomendação para Vacinação (ACRV). Confira mais informações nesse link.

domingo, 25 de agosto de 2019

MANICÔMIO DE BARBACENA: O HOLOCAUSTO BRASILEIRO QUE MATOU 60 MIL PESSOAS

No início do ano, o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro atacou as demandas da luta antimanicomial, presente no Brasil há mais de 30 anos. Essas demandas foram criadas para combater as violações aos direitos humanos nos hospitais psiquiátricos após os anos 1970. O Ministério sugere novas diretrizes de políticas de saúde a respeito de doenças mentais e drogas, e abre possibilidades para que o terror dos manicômios se instale novamente - como aconteceu no caso de Barbacena.

O complexo manicomial conhecido por "Cidade dos Loucos" foi fundado em 12 de outubro de 1903, em Barbacena, Minas Gerais. Antes de ser um local focado no "tratamento" psiquiátrico, o Hospital Colonial de Barbacena tratava pacientes vítimas da tuberculose, o que explica a localização afastada do hospital, em cima de uma montanha. Local perfeito também para excluir os grupos marginalizados da sociedade.

A instituição era formada por diversos prédios e pavilhões, e cada um deles tinha uma especialidade. Entre eles estavam o Pavilhão Zoroastro Passos, para onde iam as mulheres indigentes, e o Antônio Carlos, a área dos homens indigentes. Os pavilhões Afonso Pena, Milton Campos, Rodrigues Caldas e Júlio Moura recebiam todo o tipo de pessoas, sendo que 70% deles não tinha nenhum diagnóstico mental. Eram alcoólatras, homossexuais, prostitutas, viciados em drogas, e mendigos. Os indesejados pela sociedade.
 
Os tratamentos funcionavam à base de tortura: utilizavam cadeiras elétricas, solitárias e camisas de força. Os pacientes eram submetidos a situações precárias, como fome e sede. Em alguns casos, chegavam a beber a própria urina. Nos pátios, viviam nus e em meio a ratos e baratas; urinavam e defecavam no chão.

Muitas pessoas eram colocadas no Manicômio de Barbacena pela própria família. Era o caso de mulheres indesejadas pelos maridos e parentes que tinham algum tipo de deficiência, transtorno ou distúrbio, como Síndrome de Down, autismo ou dislexia. 

Os métodos de tratamento e as condições do Manicômio causaram a morte de mais de 60 mil pessoas. O período em que mais morreram pessoas nessa instituição foi por volta de 1960 a 1970, no início do Regime Militar no Brasil (1964-1985).

O psiquiatra italiano Franco Basaglia, responsável por revolucionar o sistema de saúde mental de seu país, chamou a instituição manicomial de Campo de concentração nazista, conhecida também como Holocausto Brasileiro.

A luta antimanicomial

A resistência até mesmo por parte dos psiquiatras foi forte no Brasil, afinal, esse sistema de tratamento não ocorria só em Barbacena, mas era utilizado em mais de 150 locais -como o Hospital Psiquiátrico do Juqueri e a Colônia Juliano Moreira

A psiquiatra Nise da Silveira se destacou na luta antimanicomial brasileira. Nise foi a única aluna de uma sala cheia de homens a se formar em medicina na Faculdade da Bahia. Aluna de Carl Jung, dedicou sua vida a lutar contra o modo absurdo de "tratamento" aos pacientes psiquiátricos.

Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

O preparo pré-operatório das mãos


A antissepsia das mãos antes da realização de procedimentos cirúrgicos tem como finalidade eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional.

As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal.

Para este procedimento, recomenda-se o uso de antisséptico degermante.

Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes. Sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante.

Passo a passo:

 
1.Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos.
2.Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com antisséptico, pressione a parte da escova contra a pele e espalhe por todas as partes.
3.Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas, sob água corrente.
4.Friccionar as mãos, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos.
5.Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir fotossensor.
6.Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/ compressa para regiões distintas

sábado, 10 de agosto de 2019

Prontuário do Paciente

O prontuário do paciente é um documento legal que consta de toda a história do paciente durante a permanência do paciente no hospital. Sua principal finalidade é de manter a comunicação entre profissionais, pesquisa, auditoria e contabilidade.

O prontuário do paciente é definido pelo conselho Federal de Medicina, Resolução nº 1.638/2002, “como documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”.

O prontuário mostra todos os procedimentosevoluçãoanotações realizadas durante a permanência do paciente no hospital ou clínica. O fechamento do documento só e feito quando o paciente recebe alta hospitalar, em caso de fuga (alta por evasão), falecimento (alta por óbito) e pedido da família (alta a pedido). A alta só pode ser expedida pelo médico.

É proibido negar ao paciente o acesso ao prontuário, ficha clínica ou similar, devendo fornecer explicações sobre o estado do paciente, salvo quando ocasionar risco para o paciente ou terceiros.

O horário da anotação dos procedimentos é identificado por cores diferentes, onde anotações realizadas de 7hs às 19hs são escritas de cor azul ou preta e as realizadas de 19hs as 7hs são escritas na cor vermelha.

A palavra prontuário origina-se do latim prontuarium, que significa lugar em que se guardam ou depositam coisas que devem estar à mão, de que se pode precisar a qualquer momento. Outras definições, tais como: manual de informações e indicações úteis, ficha com dados de uma pessoa ou lugar em que se guarda aquilo que poderá ser necessário.

Desta forma, o prontuário, não é apenas o registro da anamnese do paciente, mas todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados prestados, assim como aos documentos pertinentes a essa assistência (POSSARI, 2005).

Atualmente entende-se que o prontuário do paciente tem como função, apoiar o processo de atenção a saúde, servindo como fonte de informação clínica e administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação compartilhando ente todos os profissionais. É o registro legal das ações médicas, de enfermagem, e de outros profissionais.

Amoxicilina + clavulanato de potássio


Posted: 27 Jul 2019 10:21 AM PDT



Antibiótico pertencente a família das penicilinas, amoxilina + clavulanato de potássio, é muito utilizado para o tratamento de infecções bacterianas das vias respiratórias ou para infecções de pele.


Diferenças entre amoxicilina com e sem clavulanato

A adição de clavulanato na amoxicilina aumenta o espectro de ação e torna o antibiótico mais potente.

A amoxicilina, assim como todos os antibióticos da família da penicilina, é um antibiótico cuja estrutura molecular contém um anel beta-lactâmico.

Algumas bactérias apresentam resistência à amoxicilina por produzirem uma enzima chamada beta-lactamase, que é capaz de destruir esse anel. A destruição do anel beta-lactâmico torna o antibiótico ineficaz por desorganizar a sua estrutura molecular.

O ácido clavulânico é uma substância que inibe a beta-lactamase, impedindo que as bactérias produtoras dessa enzima inativem a amoxicilina. Portanto, a adição do clavulanato à amoxicilina aumenta o seu espectro de ação, tornado-o eficaz contra uma diversidade maior de bactérias.

Para evitar o desenvolvimento de bactérias mais resistentes, os médicos prescrevemos sempre antibióticos com o menor espectro possível. A associação com o clavulanato só está indicada quando suspeita-se que infecção possa ser resistente à amoxicilina pura.

A associação com clavulanato também apresenta uma incidência maior de efeitos colaterais, principalmente diarreia

Diclofenaco sódico, como usar? Para que serve ?

 O medicamento diclofenaco sódico é indicado para casos de doenças como: artrite, dores nas costas, dor no ombro, reumatismo, crises de úlcera, torções, distensões, pequenas lesões, pós-cirurgia, inflamações nas vias aéreas, inflamações ginecológicas e também no período menstrual.

Ação esperada

O diclofenaco sódico pertence a um grupo de medicamentos chamados anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), usados para tratar dor e inflamação. Se você tem qualquer dúvida sobre como este medicamento funciona ou porque ele foi indicado a você, pergunte ao seu médico.

Contraindicações

Como todo medicamento, é preciso que você fique atento sobre às contraindicações que o uso pode ocasionar no seu organismo, preste atenção:

Caso seja alérgico a algum dos ingredientes que estão na fórmula do diclofenaco, converse com seu médico antes de iniciar o uso. Ou se já teve reação alérgica com medicamentos para de dor ou inflamações.


Caso você tenha problemas no estômago ou no intestino, consulte o médico;


Sofre de problemas graves nos rins ou no fígado;


Caso tenha algum problema cardíaco;


Grávida ou em período de amamentação;


Criança menor de 12 anos e idosos.


Mulheres em período de amamentação ou gravidez devem consultar o ginecologista responsável para verificar se esse é o medicamento mais indicado para o tratamento, assim como quais são as doses indicadas.


Em alguns casos específicos é preciso ter muita atenção às reações do corpo, de acordo com o uso contínuo desse medicamento, por exemplo:

Pessoas que enfrentam problemas de pressão arterial;


Diabetes;


Fumantes;


Asmáticos;


Problemas gastrintestinais;


Inchaços.

Como usar o Diclofenaco sódico

População alvo geral - Adultos

A dose inicial diária recomendada é de 100 mg a 150 mg. Para casos mais leves, assim como para terapia de longo prazo, 75 a 100 mg por dia são, geralmente, suficientes. A dose total diária deve ser dividida em 2 a 3 doses.

Para suprimir a dor noturna e a rigidez matinal, o tratamento com comprimidos durante o dia pode ser suplementado pela administração de supositórios ao deitar (até uma dose diária máxima de 150 mg).

No tratamento da dismenorreia primária, a dose diária, que deve ser individualmente adaptada, é geralmente de 50 a 150 mg. Inicialmente devem ser administradas doses de 50 a 100 mg e, se necessário, estas doses devem ser elevadas no decorrer de vários ciclos menstruais até o máximo de 200 mg/dia. O tratamento deve iniciar-se aos primeiros sintomas e, dependendo da sintomatologia, continuar por alguns dias

Mão-pé-Boca

 Nos últimos dias, percebo um pipoco nos casos de Doença mão-pé-boca. Pense numa doencinha chata, aperreio das famílias, dos pediatras e ain...